Estudos

INTRODUÇÃO
Mordomia é um assunto de suma importância para o momento que vive o povo evangélico. Estudando esta doutrina descobrimos que as bênçãos de Deus recaem sobre aqueles que servem com fidelidade ao reino.
I. CONCEITOS DE MORDOMIA
1) Existem dois conceitos de mordomia:
a) O conceito secular: A palavra “mordomia” está muito desgastada entre o povo. Quando se fala em mordomia, a idéia que vem à mente é: regalias, privilégios, bem-estar, vantagens que aumentam os rendimentos sem acarretar encargos.
b) O conceito cristão: Para os crentes, mordomia tem um significado muito mais profundo, sendo: o conjunto de bens, tanto materiais quanto espirituais, sobre o qual Deus nos constituiu como administradores, sendo que todas as coisas pertencem a Ele.
O rei Davi declarou: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (SI 24.1).
2. O significado da palavra “mordomo”. Mordomo é um administrador que merece plena confiança do dono da casa: “Cada um administre aos outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (IPe 4.10).
Origem: A palavra “mordomo” vem do latim majordomus e significa “o principal criado da casa” (major=maior=mor+domus=casa).
No grego, a palavra equivalente é oikonómos, com o mesmo significado (oikos = casa + nómos=governo).
O mordomo é o principal servo da casa. Ele administra a casa com todos os seus utensílios e bens. Tudo está sob a sua guarda e responsabilidade. José, na casa de Potifar, é o típico exemplo de mordomo (Gn 39.4).
II. BASE DA MORDOMIA CRISTA
1) Deus é o dono de tudo. Davi declarou esta verdade: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (SI 24.1). Todas as coisas foram feitas por Deus (Gn 1.1; Hb 11.3). Não existem dois princípios criadores. Apenas um, e este princípio é Deus. Portanto, Ele é o proprietário da sua criação.
2) O homem é mordomo de Deus. Deus constituiu o homem como seu mordomo, seu despenseiro, depois de criar tudo: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28). “Disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Lc 12.42,43).
3) O crente tem um motivo próprio. “Porque fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (ICo 6.20). Não nos pertencemos a nós mesmos. Pertencemos a Deus duas vezes: primeira, porque Ele no fez; segunda, por­que Ele nos remiu (comprou). Esta é a nossa motivação para servi-lo.
4) Deus exige uma prestação de contas de cada mordomo. Este é o ensino de Jesus: “Muito tempo depois veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mt 25.19). Jesus está dizendo que haverá um tempo de acerto de contas. Feliz será o mordomo que for achado fiel.
III. A EXTENSÃO DA MORDOMIA